segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Quarto Bimestre - Recuperação e Aprofundamento - Atividade de 19/10 a 2/11 - Guerra Fria

  


Habilidade desenvolvida: EF09HI28 - Identificar e analisar aspectos da Guerra Fria, seus principais conflitos e as tensões geopolíticas no interior dos blocos liderados por soviéticos e estadunidenses.


Passo 1: Leia o seguinte texto com bastante atenção e anote no seu caderno um resumo dele:


Visões de mundo

A Guerra Fria é um conflito que veio a reboque da Segunda Guerra Mundial, mas cujos protagonistas, os Estados Unidos e a União Soviética, souberam contornar, antes que se tornasse uma terceira guerra mundial; daí o nome de "Guerra Fria", pois o conflito foi "congelado". [...]

De fato, duas visões de mundo estão em choque.

Segundo Stalin e os comunistas de todos os países, o sentido da história leva as sociedades a se livrar do capitalismo ou do imperialismo para construir o socialismo, e isso pode passar por uma ruptura, uma revolução, uma guerra civil, como aconteceu na China, em 1949, ou por uma revolta dos povos colonizados (excluindo a União Soviética, que já estava instituindo o socialismo).

Deter a marcha dessas sociedades na direção do socialismo é contrarrevolucionário, e elas precisam então da ajuda, da intervenção do "grande irmão", a União Soviética [...].

Segundo os americanos, os Estados Unidos e sua democracia constituem um modelo para o qual tendem todos os povos, pois nele todos convivem pacificamente, tanto os colonizados quanto os submetidos a um regime comunista. Ajudá-los a se liberar é o dever das democracias.

FERRO, Marc. O século XX explicado aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2008. p. 63-64.



Passo 2: Responda as seguintes questões:


a) Segundo Marc Ferro, o que foi a Guerra Fria?

b) Quais eram as visões de mundo que estavam em choque naquele momento?




Envie as respostas para o meu e-mail: mirellef@prof.educacao.sp.gov.br




quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Terceiro Bimestre - A Guerra Fria - Atividade de 28/09 a 11/10

 


Habilidade desenvolvida: EF09HI28 - Identificar e analisar aspectos da Guerra Fria, seus principais conflitos e as tensões geopolíticas no interior dos blocos liderados por soviéticos e estadunidenses.


Passo 1: Assista a seguinte aula disponibilizada no CMSP sobre a Guerra Fria e anote no seu caderno, se quiser, as principais informações contidas nela:




Passo 2: Elabore uma pesquisa sobre a Guerra Fria, explicando as suas principais características.



Bons estudos!


Envie as respostas para o meu e-mail: mirellef@prof.educacao.sp.gov.br








sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Recuperando e revisando conteúdos - Terceiro Bimestre - A Ditadura Militar - Atividade de 14/09 a 27/09

 


Habilidade desenvolvida: Identificar e compreender o processo que resultou na ditadura civil-militar no Brasil e discutir a emergência de questões relacionadas à memória e à justiça sobre os casos de violação dos direitos humanos.

Leia os seguintes textos e depois responda as questões:


Texto 1


Direitos civis


A ditadura militar resultante do golpe de 1964 significou um retrocesso nos direitos de cidadania dos brasileiros. Os direitos civis foram os mais violentados, sobretudo após a decretação do AI-5. Os direitos mais básicos do ser humano foram suspensos: os direitos à liberdade, à segurança individual, à livre expressão e, até mesmo, à vida. O setor repressivo do Estado poderia prender qualquer pessoa sem ordem judicial. O preso, sem direito a habeas corpus, corria o risco de tortura. E, se morresse nas dependências policiais, não haveria punições aos culpados.

Também os direitos políticos sofreram grande retrocesso. A sociedade perdeu o direito de eleger o presidente da República, os governadores de estados, os prefeitos das capitais e de municípios, considerados área de segurança nacional. Diversos mandatos de parlamentares de oposição foram cassados e o Congresso Nacional foi fechado em várias ocasiões.

Os direitos sociais, por sua vez, conheceram avanços e recuos. A extensão das leis sociais à população do campo foi um avanço nos direitos sociais, pois permitiu aos trabalhadores rurais o acesso a pensões, aposentadorias e assistência médica. Mas houve também um recuo desses direitos, com a degradação dos sistemas de educação e saúde públicas. O arrocho salarial também prejudicou os trabalhadores.



a) Os direitos civis foram prejudicados durante a Ditadura Militar? Explique.

b) Escreva sobre o retrocesso dos direitos políticos neste contexto.

c) Quais foram as medidas adotadas nesse período que prejudicaram os trabalhadores?


Texto 2


Doutrina de Segurança Nacional


A Doutrina de Segurança Nacional foi usada como justificativa para as Forças Armadas conservarem o poder após o golpe de 1964. Formulada nos EUA durante a Guerra Fria, essa ideologia partia do princípio de que o Ocidente capitalista vivia em guerra permanente contra o comunismo. A agressão poderia vir de países comunistas ou do interior das próprias sociedades ocidentais. Nesse caso, tratava-se do inimigo interno - compatriotas que professavam a ideologia comunista, deixando de ser cidadãos para serem inimigos do Estado.

No Brasil, a Doutrina de Segurança Nacional começou a ser estudada pelos militares na Escola Superior de Guerra, fundada em 1949. Mas, até 1964, as Forças Armadas estavam subordinadas à Constituição democrática de 1946. Foi após o golpe de 1964 que a ESG aboliu dois fundamentos do regime democrático: a obediência dos militares ao poder civil e o respeito à legalidade democrática. Outra alteração importante foi sobre a própria função das Forças Armadas. Em um regime democrático, cabe a elas a defesa do país contra agressões externas. Com a Doutrina de Segurança Nacional, os militares também passaram a ser responsáveis pela segurança interna.

A Doutrina de Segurança Nacional passou a justificar a ação dos militares: sem ter como combater o inimigo externo, eles enfrentariam o inimigo que estivesse dentro do próprio país - os comunistas.

a) A Doutrina de Segurança Nacional foi influenciada pelo contexto da Guerra Fria? Explique.

b) Como essa doutrina passou a justificar a ação dos militares?


Enviar as respostas das questões para o meu e-mail: mirellef@prof.educacao.sp.gov.br


quinta-feira, 13 de agosto de 2020

A ditadura militar, processos de resistência e violação dos Direitos Humanos - Terceiro Bimestre - Atividade de 17/08 a 31/08

 


Habilidade desenvolvida: Identificar e compreender o processo que resultou na ditadura civil-militar no Brasil e discutir a emergência de questões relacionadas à memória e à justiça sobre os casos de violação dos direitos humanos.

Passo 1: Assista a seguinte aula sobre a Ditadura Militar e anote no seu caderno, se quiser, as principais características desse período: 




Passo 2: Faça uma pesquisa sobre a violação dos Direitos Humanos durante a Ditadura Militar, no Brasil.



 Enviar a pesquisa para o meu e-mail: mirellef@prof.educacao.sp.gov.br




segunda-feira, 3 de agosto de 2020

O governo JK - (1956-1961) - Terceiro Bimestre - Atividades de 03/08 a 16/08


Habilidade desenvolvida: EF09HI17 Identificar e analisar processos sociais, econômicos, culturais e políticos do Brasil a partir de 1946.


Passo 1: Assista a seguinte aula sobre o Governo JK e anote no seu caderno, se quiser, as principais características do seu governo:


Passo 2: Leia o seguinte texto sobre o Governo do Presidente Juscelino Kubitschek e depois responda as questões:


O Brasil de JK : 50 anos em 5 - o Plano de Metas

Antes mesmo de seu início, o governo de Juscelino Kubitschek enfrentou uma série de dificuldades. As adversidades políticas que marcaram o período entre sua indicação como candidato e sua posse como presidente não deixavam dúvidas quanto à ferrenha oposição que teria pela frente. O novo governo, fruto da aliança PSD-PTB, certamente seria hostilizado por adversários capitaneados pela UDN, para quem Juscelino e Jango representavam a continuação política do ex-presidente Getúlio Vargas . Parecia não existir possibilidade de meio termo para o novo presidente, e por isso mesmo o apoio da opinião pública seria a única forma de garantir sua manutenção no cargo. Era preciso ousar, e JK ousou ao anunciar seu programa de governo – 50 anos de progresso em 5 anos de realizações, com pleno respeito às instituições democráticas.


Esse ideal desenvolvimentista foi consolidado num conjunto de 30 objetivos a serem alcançados em diversos setores da economia, que se tornou conhecido como Programa ou Plano de Metas. Na última hora o plano incluiu mais uma meta, a 31a, chamada de meta-síntese: a construção de Brasília e a transferência da capital federal, o grande desafio de JK. Não se pode dizer que essa fosse a primeira experiência de Juscelino de governar com base num plano de desenvolvimento. Guardadas as devidas proporções, como governador de Minas Gerais de 1951 a 1955, JK já tinha eleito o binômio energia e transportes como metas de desenvolvimento para a sua gestão.


Tanto o plano de governo mineiro quanto o Plano de Metas de Juscelino foram elaborados com base em estudos e diagnósticos realizados desde o início da década de 1940 por diversas comissões e missões econômicas. O último grande esforço de diagnóstico dos entraves ao crescimento econômico brasileiro fora feito pela Comissão Mista Brasil-Estados Unidos entre 1951 e 1953, Juscelino Kubitschek inaugura as novas instalações da fábrica de caminhões Mercedes Benz. São Bernardo do Campo(SP), 28 set. 1956ainda no governo Vargas. Os estudos da Comissão Mista, assim como os do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) e os da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL), indicavam a necessidade de eliminar os "pontos de estrangulamento" da economia brasileira. Tratava-se de setores críticos que não permitiam um adequado funcionamento da economia. A premissa do Plano de Metas, esboçado pouco antes da posse de JK por uma equipe do BNDE, era, assim, a superação desses obstáculos estruturais. As metas deveriam ser definidas e implementadas em estreita harmonia entre si, para que os investimentos em determinados setores pudessem refletir-se positivamente na dinâmica de outros. O crescimento ocorreria em cadeia. A meta de mecanização da agricultura, por exemplo, indicava a necessidade de fabricação de tratores, prevista na meta da indústria automobilística.


Para os analistas da época, o Brasil vinha passando, desde a década de 1930, por um processo de substituição de importações não-planejado, e a falta de planejamento seria a causa dos constantes desequilíbrios no balanço de pagamentos. O Plano de Metas pretendia suprir essa falta. A introdução de uma meta de consolidação da indústria automobilística no país tinha como objetivo, entre outras coisas, a redução planejada e gradativa da importação de veículos.


Talvez pela consciência que tivesse das dificuldades inerentes à burocracia estatal e dos obstáculos permanentes e inevitáveis impostos pela oposição, JK traçou uma estratégia de ação que se mostraria acertada com relação à administração e à operacionalização do Plano de Metas. Já na primeira reunião de seu ministério, em 1o de fevereiro de 1956, criou um órgão diretamente subordinado à Presidência da República, o Conselho do Desenvolvimento, que iria coordenar o detalhamento e a execução do plano. Tendo como secretário-executivo o presidente do BNDE, e reunindo todos os ministros, os chefes dos gabinetes civil e militar e o presidente do Banco do Brasil, o conselho constituiria uma administração paralela com autonomia de decisão suficiente para viabilizar a realização dos projetos. O conselho foi conduzido, primeiramente, por Lucas Lopes. Quando este deixou a presidência do BNDE para assumir o Ministério de Fazenda, em agosto de 1958, seu lugar foi ocupado por Roberto Campos, que permaneceu até julho de 1959. Dessa data até o final do governo, Lúcio Meira presidiu o BNDE e foi o secretário-executivo do conselho.


O Conselho do Desenvolvimento recorria a especialistas dos diversos setores previstos no Plano de Metas e também a economistas oriundos de órgãos do governo, como a Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc). Atuava através de grupos executivos, aos quais cabia a responsabilidade pela concessão de incentivos ao setor privado para que as metas de que tratavam fossem atingidas. O mais conhecido de todos foi o Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA). A coordenação dos investimentos do setor público era atribuição do BNDE.


O Plano de Metas mencionava cinco setores básicos da economia, abrangendo várias metas cada um, para os quais os investimentos públicos e privados deveriam ser canalizados. Os setores que mais recursos receberam foram energia, transportes e indústrias de base, num total de 93% dos recursos alocados. Esse percentual demonstra por si só que os outros dois setores incluídos no plano, alimentação e educação, não mereceram o mesmo tratamento dos primeiros. A construção de Brasília não integrava nenhum dos cinco setores.


As metas eram audaciosas e, em sua maioria, alcançaram resultados considerados positivos. O crescimento das indústrias de base, fundamentais ao processo de industrialização, foi de praticamente 100% no qüinqüênio 1956-1961.


Ao final dos anos JK, o Brasil havia mudado. Muitos foram os avanços, e muitas foram as críticas à opção de JK pelo crescimento econômico com recurso ao capital estrangeiro, em detrimento de uma política de estabilidade monetária. O crescimento econômico e a manutenção da estabilidade política, apesar do aumento da inflação e das conseqüências daí advindas, deram ao povo brasileiro o sentimento de que o subdesenvolvimento não deveria ser uma condição imutável. Era possível mudar, e o Brasil havia começado a fazê-lo.


Fonte: https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Economia/PlanodeMetas

a) Quais foram as dificuldades enfrentadas por JK antes mesmo do início do seu governo?


b) Qual seria o objetivo da introdução de uma meta de consolidação da indústria automobilística no país?


c) Na implementação do plano de metas, quais foram os setores que mais receberam recursos?


d) Por que podemos afirmar que ao final dos anos JK o Brasil havia mudado?


                        Enviar as respostas para o meu e-mail: mirellef@prof.educacao.sp.gov.br

sexta-feira, 10 de julho de 2020

A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) - Atividade de 13/07 a 31/07



Segunda Guerra Mundial - Habilidades desenvolvidas:

EF09HI13 - Descrever e contextualizar os processos da emergência do Fascismo e do Nazismo, a consolidação dos Estados Totalitários, suas concepções e as práticas de extermínio com o holocausto;


EF09H16 - Relacionar a Carta dos Direitos Humanos ao processo de afirmação dos Direitos Humanos e de defesa da dignidade humana, valorizando as instituições voltadas para a defesa desses direitos e para a identificação dos agentes responsáveis por sua violação.

Passo 1 - Assista a seguinte aula sobre a Segunda Guerra Mundial, prestando bastante atenção nos assuntos abordados:



Passo 2 - Leia o seguinte texto e depois responda as questões:


O racismo nazista

Muitos anos antes de se tornar o chanceler da Alemanha, Hitler já era obcecado por questões raciais. Em seus discursos e artigos, Hitler disseminava suas convicções sobre a “pureza” racial e a superioridade da “raça germânica”, que ele dizia ser a “raça superior ariana”. Ele pregava que os germânicos deveriam permanecer racialmente puros para que um dia pudessem dominar o mundo. Seu ideal ariano era o de uma pessoa loira, alta e com olhos azuis.

Quando Hitler e os nazistas assumiram o poder, estas convicções tornaram-se a ideologia oficial do governo, e foram difundidas em cartazes públicos, através do rádio, filmes, salas de aula e jornais. Os nazistas começaram a colocar sua ideologia em prática com o apoio dos cientistas alemães que acreditavam que a raça humana poderia ser aperfeiçoada através do impedimento da reprodução de indivíduos por eles considerados “inferiores”. A partir de 1933, médicos alemães foram autorizados a realizar esterilizações forçadas, operações que impossibilitavam a procriação das vítimas. Entre os alvos desse programa público estavam os romanis (ciganos), uma minoria étnica com cerca de 30.000 indivíduos na Alemanha, e também arianos deficientes, incluindo doentes mentais e pessoas com deficiência visual e auditiva congênita. Cerca de 500 crianças afro-alemãs, filhos de mães alemãs e soldados coloniais africanos dos exércitos Aliados que ocuparam a região da Renânia após a Primeira Guerra Mundial, também foram vítimas do programa de esterilização.

Hitler e outros líderes nazistas viam os judeus não como um grupo religioso, mas sim como uma “raça” venenosa que “se aproveitava” de outras raças e as enfraqueciam. Depois que Hitler assumiu o poder, professores nazistas começaram a aplicar os princípios de sua “ciência racial” [OBS: totalmente sem bases científicas] nas salas de aula. Eles mediam o tamanho do crânio, o comprimento do nariz, registravam a cor dos olhos e cabelos de seus alunos para tentar determinar se eles pertenciam à verdadeira “raça ariana”. Os estudantes judeus e ciganos eram frequentemente humilhados durante tais eventos.

Os judeus na Alemanha antes da Guerra

De acordo com o censo de junho de 1933, o número de judeus na Alemanha consistia em aproximadamente 500.000 pessoas. Os judeus representavam menos de um por cento do total da população alemã de cerca de 67 milhões de pessoas. Diferentemente dos métodos padrão de recenseamento, os critérios nazistas, codificados nas Leis de Nuremberg de 1935 e nos decretos subsequentes, identificavam os judeus conforme a religião praticada pelos avós de um indivíduo. 

Consequentemente, os nazistas classificaram como judeus milhares de pessoas que haviam se convertido a outras religiões, inclusive padres e freiras católicos romanos e sacerdotes protestantes que tinham avós judeus.

Oitenta por cento dos judeus na Alemanha (cerca de 400.000 pessoas) tinham cidadania alemã. O restante era composto em sua maioria por judeus poloneses, muitos deles nascidos na Alemanha e com status de residentes permanentes.

Ao todo, cerca de setenta por cento dos judeus na Alemanha viviam em áreas urbanas. Cinquenta por cento do total viviam nas dez maiores cidades alemãs, incluindo Berlim (160.000), Frankfurt am Main (26.000), Breslau [hoje Wroclaw, na Polônia] (20.000), Hamburgo (17.000), Colônia (15.000), Hannover (13.000) e Leipzig (12.000)

Fonte: United States Holocaust Memorial Museum 

a) Qual era o pensamento de Hitler em relação às raças existentes?

b) Como os nazistas disseminaram as suas ideias?

c) Alguns cientistas apoiaram as teorias nazistas? Explique.

d) Qual era a opinião dos nazistas em relação aos judeus?

e) Quais foram os critérios utilizados pelos nazistas para a classificação das pessoas como judias ou não judias?

Passo 3 - Elabore uma pesquisa sobre Os Direitos Humanos - Como eles surgiram, sua importância, o seu papel na história da humanidade.



Enviar as respostas para o meu e-mail: mirellef@prof.educacao.sp.gov.br


Bons estudos!





quinta-feira, 18 de junho de 2020

A Era Vargas (1930-1954) - Atividade de 22/06 à 06/07



Era Vargas - Habilidade desenvolvida: EF09HI06: Identificar e discutir o papel do Trabalhismo como força política, social e cultural no Brasil em diferentes escalas (nacional, regional, cidade, comunidade)

Olá! Hoje nós vamos estudar juntos a Era Vargas. Para isso, peço que siga os seguintes passos:


Passo 1) Assista a seguinte vide-aula disponibilizada pelo Centro de Mídias sobre esse assunto:





Passo 2) Leia o texto proposto sobre esse assunto.


A invenção do Trabalhismo

No Brasil, essa expressão, que veio da Inglaterra e fazia referência ao Partido Trabalhista daquele país, foi utilizada para denominar o pacto que se estabeleceu entre os trabalhadores brasileiros e o presidente Getúlio Vargas.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os dirigentes do Estado Novo concluíram que era necessário ampliar a base de apoio do governo entre os trabalhadores.

Em 1942, o governo lançou ampla campanha política. Pela rádio, o ministro do Trabalho dizia aos trabalhadores que eles deveriam exigir seus direitos (horário de trabalho, férias, proteção à mulher grávida, pensões e aposentadorias, por exemplo), pois tinham o apoio do próprio presidente. Afirmava, ainda, que Vargas se interessava pessoalmente pelo reconhecimento dos direitos dos trabalhadores.

Foi essa ligação direta entre povo e Estado que estabeleceu um pacto entre os trabalhadores brasileiros e o presidente. Na construção do pacto trabalhista, os trabalhadores, cujos direitos eram reconhecidos e defendidos pelo Estado, apoiavam, em retribuição, o presidente, fundamentando o prestígio que Vargas alcançou entre eles.


VAINFAS, Ronaldo (org.) História 3: Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2016. P. 39)



Passo 3) Agora, de acordo com o texto, responda as seguintes questões:

a) Onde surgiu a expressão "Trabalhismo"?

b) Quando os dirigentes do Estado Novo  decidiram que era necessário ampliar a base de apoio do governo entre os trabalhadores?

c) A partir de 1942, o que o Ministro do Trabalho dizia aos trabalhadores?

d) Como se caracterizava a construção do pacto trabalhista?







Enviar as respostas para o meu e-mail: mirellef@prof.educacao.sp.gov.br



Bons estudos!


sexta-feira, 5 de junho de 2020

A República Velha

Durante a Primeira República, a greve era a principal estratégia adotada
pelos trabalhadores brasileiros na luta por direitos.

Olá! Vamos estudar hoje sobre a República Velha. Assista primeiro a seguinte aula:



Atividade: Depois de assistir a aula, leia o seguinte texto e responda as questões:


A formação do Operariado brasileiro


 A Constituição Federal de 1891 se preocupava muito pouco com os problemas sociais. As relações de trabalho mantidas entre empregadores e empregados nas indústrias e nas cidades eram estabelecidas pela burguesia (mercantil, industrial, e financeira). O movimento operário ainda era muito incipiente, não tinha articulação política, apenas queria melhorar suas condições de vida.

A formação do operariado brasileiro se efetivou prioritariamente por brasileiros oriundos de regiões pobres e pela grande maioria de imigrantes estrangeiros (italianos, alemães, japoneses, poloneses, entre outros). Suas primeiras articulações aconteceram a partir do surgimento de ligas operárias e sociedades de resistência.

As principais reivindicações dos operários giravam em torno da melhoria das condições de trabalho (menor jornada de trabalho, assistência ao trabalhador doente e acidentado) e pela melhoria das condições de vida (moradia, educação, alimentação e saúde). Outra luta travada pelos trabalhadores foi pela normatização e regulamentação dos direitos trabalhistas feminino e infantil.

A articulação política do operariado brasileiro teve início com a vinda de teorias sociais advindas da Europa (por meio dos imigrantes europeus). Suas principais teorias eram o socialismo científico (Marx e Engels) e o anarquismo (Godwin e Bakunin). Os primeiros sindicatos foram formados e, concomitantemente, os trabalhadores foram desenvolvendo uma conscientização política e de classe, organizando greves e manifestações de caráter principalmente reivindicatório.

O socialismo exerceu importante papel na articulação dos operários. Em 1906, fundou-se o Partido Socialista Brasileiro, de tradição marxista, que mostrou aos trabalhadores que o antagonismo de classe move a história. O anarquismo teve maior importância na organização do movimento operário brasileiro no início do século XX. Sua principal preocupação seria a abolição da propriedade privada (burguesa liberal), pois havia a seguinte ideia: ‘os recursos naturais da terra pertencem a toda a sociedade, sua apropriação para fins privados é furto’.

As principais greves operárias ocorridas durante a Primeira República foram articuladas pelos anarquistas. Outro fato bastante presente era a grande circulação de jornais anarquistas: A Lanterna, La Battaglia, o Semanário Avanti, entre outros. Os anarquistas utilizavam a imprensa para propagar com maior eficácia as ideias sociais de contestação da ordem social vigente e tornar os operários conscientes politicamente.     
                                            
Com a industrialização no Brasil, principalmente nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, houve uma rápida urbanização, na qual as cidades aumentaram sem nenhum planejamento, trazendo sérios problemas: falta de tratamento de água e esgoto, principalmente nos arredores onde se localizavam os bairros operários e os cortiços, agravando a falta de higiene e proliferação de doenças. Geralmente os operários viviam precariamente e miseravelmente com suas famílias nos cortiços ou habitações sublocadas.

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/formacao-operariado-brasileiro.htm


1) Como ocorreu a formação do operariado brasileiro?
2) Quais eram as reivindicações dos trabalhadores?
3) Quais foram as teorias que influenciaram os operários brasileiro, no início da república, na luta por melhores condições de vida e trabalho?
4) Pesquise - O que é um sindicato?


segunda-feira, 11 de maio de 2020

A Revolução Russa

Assista a seguinte teleaula sobre a Revolução Russa, em seguida leia o texto e responda as atividades:


1 - A crise do czarismo


No século XVIII, o governo czarista deflagrou um processo expansionista, que resultou na formação de um vasto império, constituído por povos com línguas, costumes e religiões diferentes.

No início do século XX, o Império Russo era governado por um monarca absolutista - o czar Nicolau II, da dinastia Romanov - e constituía o país mais populoso da Europa, cuja grande maioria da população - cerca de 85% - vivia no campo. Os camponeses - os mujiques - eram explorados pelos senhores rurais e enfrentavam miséria e fome.

Na década de 1890, o governo imperial e a ainda incipiente burguesia russa tinham o objetivo de industrializar o país, com base em investimentos estrangeiros. No contexto do capitalismo europeu ocidental o país era considerado pobre e atrasado. Camponeses e operários viviam em situação de extrema pobreza, e apenas um pequeno grupo, formado pelos senhores rurais, o alto clero da Igreja Ortodoxa Russa, a aristocracia imperial, os militares de alta patente e empresários do comércio e da indústria, usufruía das riquezas do império. Revoltas e greves eram constantes, apesar de serem duramente reprimidas pela polícia czarista.

No início do século XX, vários grupos políticos defendiam diferentes projetos para transformar essa ordem social. Havia os anarquistas, e também os narodniks - os populistas, em tradução literal, que formavam uma elite intelectualizada e defendiam a implantação do socialismo pelos camponeses. Entre os partidos políticos, havia o Socialista-Revolucionário, com forte base entre os camponeses, e o Operário Social-Democrata Russo, que seguia as ideias de Karl Marx e era bastante influenciado pelo Partido Social-Democrata Alemão.

Assim como os alemães, os social-democratas russos defendiam a revolução social em duas etapas. A primeira, chamada de democrático-burguesa, daria fim aos privilégios feudais e ao absolutismo (ainda existentes na Rússia) e desenvolveria o capitalismo e as instituições liberais no país. O socialismo seria implantado apenas na segunda etapa.

Em 1903, o Partido Operário Social-Democrata Russo realizou seu segundo congresso, em que a questão da filiação partidária foi calorosamente debatida por duas importantes lideranças: Vladimir Lenin e Julius Martov. Lenin defendia a existência de um partido centralizado, formado por revolucionários profissionais e baseado em uma rígida disciplina de seus militantes, que levaria a consciência socialista à classe operária. Já Martov propunha a constituição de um partido que seguisse o modelo alemão: aberto, de massa e no qual o filiado estivesse desobrigado de participar das atividades partidárias.

Martov contava com a maioria a seu favor, mas, durante o congresso, alguns de seus partidários ausentaram-se momentaneamente, permitindo que Lenin se autodeclarasse "maioria" (em russo, bolchevique) e qualificasse o grupo de Martov de "minoria" (menchevique). A partir desse episódio, o Partido Operário Social-Democrata Russo ficou dividido em duas correntes, até que, em 1912, sob a liderança de Lenin, os bolcheviques formaram um partido próprio.

O Domingo Sangrento


Em janeiro de 1905, um processo revolucionário, com ampla participação social, eclodiu na Rússia. Esse conjunto de revoltas ficou conhecido como Revolução de 1905.

Revoltados com os baixíssimos salários, enfrentando fome e frio, 200 mil operários entraram em greve em São Petersburgo. Carregando estandartes com imagens de santos, concentraram-se pacificamente em frente ao Palácio de Inverno - sede do poder na Rússia -, pedindo pão e paz. A polícia czarista abriu fogo contra a multidão, causando a morte de 92 pessoas. Esse episódio, em que milhares de operários foram feridos, ficou conhecido como Domingo Sangrento.

As greves operárias e as revoltas camponesas se multiplicaram a partir de então. Em uma pequena cidade perto de Moscou, os operários criaram uma forma de organização original em que os trabalhadores eram eleitos por seus colegas de fábrica, mas não tinham mandato fixo, podendo ser destituídos a qualquer momento. O exemplo do conselho operário ou soviete se espalhou pelo país e centenas deles se formaram. Os sovietes mantinham operários, soldados e camponeses informados da situação política e dos últimos acontecimentos. A qualquer momento, esses conselhos poderiam mobilizar suas bases.

Outro episódio que marcou esse ano de 1905 foi a revolta dos marinheiros do encouraçado Potemkin que ocorreu no mês de junho. Eles reivindicavam melhores condições de trabalho nos navios de guerra e promoções por mérito.

Pressionado pelas revoltas, o czar se comprometeu a convocar um Parlamento (Duma) e mostrou-se disposto a atender a uma reivindicação comum a todos os partidos políticos, que era a elaboração de uma Constituição para o país. Deputados foram eleitos pela população para formar um Parlamento, mas, com o recuo dos movimentos reivindicatórios, o czar suspendeu os trabalhos da Duma, demonstrando sua face autoritária.

Em ritmo de guerra


O desgaste do regime czarista na Rússia foi agravado pela decisão do czar Nicolau II de aderir ao conflito que se transformaria na Primeira Grande Guerra (1914-1918). Totalmente despreparado, já no primeiro ano de combate o exército russo acumulava uma série de derrotas diante das tropas alemãs e austríacas. No final do ano de 1915, faltavam alimentos, armas e munições nas frentes de batalha, e a Rússia já contava com 4 milhões de soldados mortos, a maioria de origem camponesa. Além disso, a guerra gerou a desorganização da produção agrícola e industrial do império, cuja economia retraiu, gerando ainda mais desemprego. Em 1916, novas greves eclodiram no país, criticando o czar pela condução desastrosa da guerra.

As revoluções de 1917


Em fevereiro de 1917, os russos ansiavam pela paz e a situação tornava-se insustentável para o czar: soldados desertando, falta de alimentos, empobrecimento da população. Uma nova onda de greves teve início em 23 de fevereiro. A crescente oposição de grupos liberais levou à deposição de Nicolau II, no dia 27. O poder foi transferido para a Duma e um governo provisório foi formado.

O novo governo pretendia honrar os compromissos com a Tríplice Entente e continuar na guerra. Depois planejava convocar uma Assembleia para redigir uma Constituição para o país. Mas uma outra instituição disputando o poder político formalmente exercido pela Duma surgiu na antiga cidade de São Petersburgo, quando operários e soldados elegeram seus representantes e formaram, sob a liderança de Leon Trotsky, o soviete de Petrogrado.

A Rússia mergulhou em um verdadeiro caos político. Enquanto a Duma buscava adotar uma política liberal, o soviete de Petrogrado radicalizava o processo revolucionário. Levantes populares se multiplicavam: operários reivindicavam melhores condições de vida e de trabalho; camponeses exigiam terras; soldados clamavam pelo fim da guerra; alguns dos povos que formavam o antigo império queriam autonomia.

O líder bolchevique Vladimir Lenin, que se encontrava exilado na Europa Ocidental, retornou a Petrogrado em abril de 1917. Defendendo a palavra de ordem "Todo o poder aos sovietes", Lenin almejava o fim do governo provisório e a instituição de uma nova forma de poder. Aos poucos, os sovietes russos adotaram a proposta dos bolcheviques, conservando, porém, sua autonomia política.

O governo provisório de Alexander Kerensky não conseguia atender às reivindicações populares: os exércitos russos sofriam derrotas humilhantes nos campos de batalha; os sovietes se multiplicavam nas cidades; as rebeliões se ampliavam no campo. Aproveitando-se desse cenário, os bolcheviques procuraram viabilizar seu projeto revolucionário entre os sovietes.

O ato final


No segundo semestre de 1917, uma nova onda de levantes populares eclodiu na Rússia. Os mujiques passaram a tomar as terras dos grandes proprietários, distribuindo-as entre si de maneira igualitária. Os soldados, em sua maioria de origem camponesa, abandonavam as frentes de batalha para participar da mobilização no campo.

Em várias regiões do império, assembleias se formaram para reivindicar a independência política de alguns dos povos que o integravam.

Também nas cidades, eclodiram novas greves operárias e formaram-se novos sovietes. A partir do soviete de Petrogrado e do seu Comitê Militar Revolucionário, na noite do dia 24 de outubro, os bolcheviques ocuparam lugares estratégicos da cidade e invadiram o Palácio de Inverno. A Revolução Russa foi considerada vitoriosa em 25 de outubro de 1917.

A insurreição bolchevique ocorreu no dia anterior ao II Congresso dos Sovietes. Assim, quando ele foi instalado, já havia um governo formado sob a liderança do partido de Lenin. Embora os bolcheviques representassem uma minoria no conjunto das forças revolucionárias, os sovietes aceitaram a formação desse governo, que contou com a participação de outros grupos de esquerda, como os social-revolucionários. Ele recebeu o nome de Conselho de Comissários do Povo e passou a ser presidido por Lenin.

No poder, os bolcheviques atenderam a diversas reivindicações, conseguindo satisfazer as pretensões da maioria da população: camponeses, operários e soldados. Por meio de decretos, reconheceram o direito dos camponeses à terra, dos operários nas fábricas e dos diversos povos não russos que haviam sido incorporados pelo antigo império.

Os bolcheviques no poder
 

Em março de 1918, o governo bolchevique propôs um armistício em separado com a Alemanha. Pelo Tratado de Brest-Litovsk pôs fim à guerra entre os países, atendendo ao desejo geral do povo russo: a paz.

A seguir, os bolcheviques fecharam a Assembleia Constituinte, cujas atividades haviam começado em janeiro, e, em julho de 1918, no Congresso Pan-Russo dos Sovietes - controlados por eles -, aprovaram uma nova Constituição.

Enquanto os bolcheviques monopolizavam o governo, os sovietes perdiam sua autonomia e seu poder decisório, transformando-se, como aconteceu também com os sindicatos, em instrumento para referendar as decisões do governo.

Os bolcheviques instituíram ainda o confisco de cereais, em que homens armados, organizados nos chamados destacamentos de ferro, tomavam a produção dos camponeses, gerando enorme insatisfação. O governo revolucionário mostrava-se cada vez mais autoritário.

Foi no mesmo ano de 1918 que o Partido Bolchevique passou a se chamar Partido Comunista, nome que alguns anos mais tarde seria modificado para Partido Comunista da União Soviética (PCUS).

As classes e os grupos sociais desalojados do poder pela Revolução de Outubro de 1917 não se conformaram com a situação e organizaram o Exército Branco, formado por nobres e ex-oficiais do czar, para derrubar os comunistas do poder. Com o apoio de tropas vindas de países capitalistas, como França, Grã-Bretanha, EUA, Japão e até Alemanha, em abril de 1918, deram início a uma guerra civil.

O conflito, que se estendeu até 1921, despovoou cidades, devastou campos e causou a morte de milhões de pessoas. A guerra elevou, ainda, a inflação a tal nível que a moeda deixou de ser usada. Além disso, reduziu a produção industrial e de energia elétrica do país em quase 80% e a agrícola, em 50%. Com a produção em crise, houve um período de grande fome em 1921, com milhões de vítimas.

A Nova Política Econômica (NEP)


Em março de 1921, com o objetivo de estimular a produção agrícola destruída pela guerra, o governo adotou a chamada Nova Política Econômica (NEP). Idealizada por Lenin, a NEP restabelecia algumas regras do capitalismo, como a pequena propriedade privada e o retorno, ainda que limitado, à economia de mercado.

Os camponeses foram obrigados a pagar um imposto único sobre a produção agrícola, mas ganharam o direito de fazer uso de trabalhadores assalariados e de vender o excedente de sua produção no mercado, dentro de certos limites fixados pelo Estado. Para tanto, as feiras foram reativadas e o comércio voltou ao sistema de propriedade privada. A pequena indústria também. Somente a indústria pesada e os sistemas de transporte, bancário e de crédito continuaram estatizados.

O governo ainda acenou para o investimento de capitais estrangeiros produtivos, mas sem sucesso.

De modo geral, contudo, os resultados gerais dessa política econômica foram positivos, e em 1927-1928 os índices da produção agrícola superaram os de 1913 - melhor ano da economia russa antes da Primeira Guerra Mundial. Embora tenha conseguido recuperar a agricultura do país, a NEP obteve pouco sucesso no setor industrial.

O fim da guerra civil e o sucesso da NEP na produção agrícola fortaleceram e consolidaram o governo comunista. Em 1922 foi instituída a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), na qual a hegemonia da República Russa prevalecia sobre as demais.

O fim da era Lenin


Em janeiro de 1924, no auge da NEP, Lenin faleceu, vítima de um derrame cerebral. Sua morte acirrou a disputa para substituí-lo, sobretudo entre Joseph Stalin e Leon Trotsky.

Ambos haviam se sobressaído como destacados líderes ao longo do processo revolucionário. Mas Stalin vinha da militância de base e havia subido na hierarquia do partido conduzido por Lenin. Em 1922, assumira uma função estratégica para o funciomento político-administrativo do sistema soviético, ao ser nomeado secretário-geral do PCUS. Por controlar os postos burocráticos do partido, após a morte de Lenin, Stalin recebeu o apoio de grande parte de seus membros.

Trotsky, por sua vez, era um grande líder político que se destacara na Revolução de 1917 e na guerra civil que se seguira como comandante do Exército Vermelho. Sua liderança carismática, contudo, acabou gerando, entre os membros do partido, o receio de que ele se tornasse um ditador. Além disso, antes de 1917, Trotsky havia atuado entre os mencheviques e, em várias outras ocasiões, discordado de Lenin; ao passo que Stalin sempre pertencera aos quadros bolcheviques.

Nessa disputa, Stalin conseguiu impor seu poder e, com amplo apoio do PCUS, derrotar seus adversários. Trotsky acabou sendo expulso do partido em 1927 e do país em 1929 - no mesmo ano em que Stalin propôs "construir o socialismo" imediatamente.

Stalin e o projeto de seu grupo saíram vitoriosos da disputa: para implantar o socialismo na URSS, era preciso empreender a coletivização do campo e a industrialização acelerada.


Bibliografia:


VAINFAS, Ronaldo (org.) História 3: Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2016.



Atividade 

 De acordo com o conteúdo, responda as seguintes questões:

1)      Como aconteceu a crise do czarismo no início do século XX?
2)      Explique o que foi o Domingo Sangrento.
3)      Por que ocorreram as revoluções de 1917?
4)      Descreva o papel de Lênin na revolução.
5)      Como os bolcheviques chegaram ao poder?
6)      O que ficou estabelecido no Tratado de Brest-Litovsk?
7)      Cite três medidas adotadas no Governo Bolchevique.
8)      Explique o que foi a NEP.
9)      Como aconteceu o Fim da era Lênin?